Hamilton Freire Coelho
UFPB / UFPE
UFPB / UFPE
Introdução.
A pós-modernidade marca a história do
Ensino das Artes Visuais, devido está sendo concebida como área do
conhecimento. Assim, a educação se volta á experiência de vida dos indivíduos,
ou o aprendizado acumulado no decorrer da vivência de cada ser humano.
Observando dessa forma, nos parece simples; embora seja um grande desafio para
o Ensino das Artes Visuais e principalmente para o professor que terá que ser
um verdadeiro “Professor/Artista¹”. Ensino das Artes Visuais como conhecimento!
Então termos que ser “perceptíveis” e trazê-lo para o domínio da cognição; ou
seja, conceber a arte como uma construção social, histórica e cultural. Ana Mae
BARBOSA (2008) faz referência nesse sentido: “perceber é conhecer.” (p. 17)
Arte
como construção social, já que a educação partirá da experiência de vida de
cada ser humano. Histórica, no sentido tanto referente a épocas, quanto a
narrativas históricas que envolvem pessoas, cidades, países, entre outros. Cultural,
pois cada indivíduo tem sua cultura, da mesma forma, a família, a cidade, o
estado e o país.
Observando
neste ângulo, é um grande desafio para a Educação em Artes Visuais, tendo em
vista apenas estes três fortes aspectos. Imagine suas ramificações. Apenas o termo cultural, é composto por um
desencadeamento de nomes e significados, como multicultural, pluricultural,
interculturalismo. Em relação à Arte BARBOSA (1991), ressalta:
[...} Arte não é enfeite. Arte é
cognição, é profissão, é uma forma diferente da palavra para interpretar o
mundo, a realidade, o imaginário, e é conteúdo. Como conteúdo, a arte
representa o melhor do trabalho do ser humano (p. 4).
Assim
o Ensino das Artes Visuais contemporâneo tem como base os princípios
Freireanos, com a educação voltada á valorização cultural de cada indivíduo;
instrumentalizado pela Proposta Triangular, que viabiliza o ensino por três
ações básicas: O Fazer Artístico, O Apreciar ou Leitura de Obras de Arte e o
Contextualizar. De acordo com BARBOSA (1998, P. 41).
A Abordagem Triangular é
construtivista, interacionalista, dialogal, multiculturalista e é pós-moderna
por tudo isso e por articular arte como expressão e como cultura na sala de
aula, sendo esta articulação o denominador comum de todas as propostas
pós-moderna do Ensino da Arte que circulam internacionalmente na
contemporaneidade.
O
fazer artístico, refere-se ao fruir, criar uma imagem, uma representação para
determinado objeto. O fruir é muito importante, pois é onde o indivíduo busca
em lembranças, experiências vividas, o sentido para o que ele quer representar,
através de imagens. O fazer é onde o aluno dá significado e sentido dentro de
seu contexto cultural, além de proporcionar o despertar de habilidades e formas
de construção crítica, em seu jeito de sentir e ver o objeto representado.
Com relação ao fazer artístico, BARBOSA (1998), ressalta: “O erro mais grave é o de restringir o fazer artístico, parte integrante da triangulação, à realização de obras” (p. 39). A autora faz referência a copias, que retarda ou até castra o desenvolvimento do senso crítico, que se dá por meio da representação do aluno.
O fazer artístico tem uma referência direta com a construção social, histórica e cultural do ser humano, pois a obra de arte, ou imagem é uma representação provinda de experiências vivenciadas, desejos ou sonhos, que estão contidas nestes contextos.
O Apreciar ou Leitura de Obras de Arte é a “percepção” dos elementos que compõem a imagem observada, buscando na fruição, (próprias experiências) por uma relação dos elementos dessa composição artística, para poder dá significado. Nessa visão, a fruição é vista como conhecimento assimilado.
O contextualizar é um questionamento em torno dos elementos da composição artística ou imagem. Por meio do mediador ou “Professor/Artista”, o aluno vai percebendo sua composição, interpretando a ideia do autor da obra; ao mesmo tempo buscando em suas experiências um significado. Dessa forma o aluno estabelece relações, e entra no contexto sócio, político e cultural em que a obra foi produzida. Com relação ao contextualizar, BARBOSA (1998), ressalta: “Contextualizar é estabelecer relações. Neste sentido a contextualização no processo ensino-aprendizagem é uma porta aberta para a interdisciplinaridade” (p. 38).
Para melhor compreendermos a necessidade da interdisciplinaridade na educação brasileira, seguiremos o seguinte pensamento: o ser humano é motivado por interesses, ditando quais os conteúdos que terão prioridade visando o valor para educação.
A educação por sua vez, é desenvolvida por conjunturas envolvidas por circunstâncias econômicas, políticas, sociais, metodológicas e culturais, de maneira que qualquer mudança ocorrida no sistema brasileiro; seja ele no modo de produção e comercialização ou organização política e jurídica, influencia diretamente na educação e até mesmo na ciência. Assim, a educação busca novos horizontes, através de estudos, inserindo a questão cidadania como tema do currículo escolar.
Por outro lado, as sociedades acadêmicas pós-modernas em busca de novos conhecimentos, quebram as barreiras entre as ciências, em um cenário complexo; embora em inteira interação, trocando experiências. Neste contexto, os conhecimentos originados e obtidos na Biologia, nas Ciências Sociais e Humanas, Letras e Arte, na Matemática, apresentam-se presente e homogenia nas atividades cotidianas.
Neste contexto, o ensino de Arte no Brasil na contemporaneidade está diretamente relacionado ao desenvolvimento cognitivo e suas potencializações. A interdisciplinaridade só será possível se os educadores entenderem e conseqüentemente por em prática, todos os princípios ideológicos Freireano, uma vez que a estrutura brasileira tem como base os princípios tradicionais; embora com todo avanço conquistado no campo teórico.
Da mesma forma os educadores brasileiros têm que ser “perceptíveis”, buscando um conhecimento de forma coletiva, deixando o uso de pedagogias que não corresponde com as exigências do mundo pós-moderno; todavia, usando o velho conhecimento em benefício da conquista de novos. Concordando com, FAZENDA (2001), "Negar o velho, substituindo-o pelo novo, é um princípio oposto a uma atitude interdisciplinar na didática e na pesquisa em educação. [...] Negar o velho é uma atitude autoritária (p. 16)
A autora faz referência á direção que caminha o ensino. Ele se volta para um âmbito de percepção do aprendizado anterior, que propiciará o princípio do desenvolvimento cognitivo na atualidade; ou seja, o conhecimento de dá com a percepção consciente do que foi vivenciado, ou aprendido no contexto total do ser humano.
Sendo assim, característica clara na interdisciplinaridade é não podemos negar o que aprendemos anteriormente, (o velho ou antigo); afinal, o novo nada mais é que o velho ou antigo reformulado, ou adaptado para o mundo pós-moderno.
Estudos posteriores de BARBOSA (1998; 2002A; 2002B), RICHTER (2002; 2003) e EFLAND (2005), visando os caminhos que a arte seguiria, concluíram que o ensino de arte como conhecimento está baseado no interculturalismo, interdisciplinaridade e na aprendizagem dos conhecimentos artísticos; ou seja, a base do ensino/aprendizagem de arte, se dá a partir da inter-relação entre o fazer, o ler e o contextualizar arte. BARBOSA (2002B), em seu livro “Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte” explica:
[...] enquanto termos multicultural e pluricultural pressupõe a coexistência e mútuo entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, o termo intercultural significa a interação entre diferentes culturas" (p. 19).
Da mesma forma, tanto BARBOSA (2002B) quanto RICHTER (2002), ressalta que o termo adequado para designar a diversidade cultural no ensino de arte é a “interculturalidade”.
A realidade é que o Ensino das Artes Visuais chega a pós-modernidade, trabalhando e percebendo a importância do desenvolvimento cognitivo com suas potencializações, além de conceber a arte como construção social, histórica e cultural, reconhecendo como artísticos trabalhos feitos por meio das novas tecnologias.
O mesmo Educa fazendo uso dos “temas geradores” de Paulo Freire, que tem como base o conhecimento do indivíduo, e instrumentalizada pela Proposta Triangular, que viabiliza o Ensino por suas três ações básicas.
Faz-se necessário não perder o foco do objetivo do mesmo, que é tornar os seres humanos críticos por meio da construção do conhecimento, que está diretamente relacionado ao desenvolvimento cognitivo; ou seja, uma vez que o indivíduo assimila, ou vivencia uma experiência amplia seu conhecimento, e pode usar em sua vida cotidiana.
Neste sentido, é necessário a proximidade “Professor/Artista” e aluno, para que possamos juntos conhecer o “novo”, e a partir daí sermos mediatizados pelo conhecimento. De acordo com FREIRE (2002),
Com relação ao fazer artístico, BARBOSA (1998), ressalta: “O erro mais grave é o de restringir o fazer artístico, parte integrante da triangulação, à realização de obras” (p. 39). A autora faz referência a copias, que retarda ou até castra o desenvolvimento do senso crítico, que se dá por meio da representação do aluno.
O fazer artístico tem uma referência direta com a construção social, histórica e cultural do ser humano, pois a obra de arte, ou imagem é uma representação provinda de experiências vivenciadas, desejos ou sonhos, que estão contidas nestes contextos.
O Apreciar ou Leitura de Obras de Arte é a “percepção” dos elementos que compõem a imagem observada, buscando na fruição, (próprias experiências) por uma relação dos elementos dessa composição artística, para poder dá significado. Nessa visão, a fruição é vista como conhecimento assimilado.
O contextualizar é um questionamento em torno dos elementos da composição artística ou imagem. Por meio do mediador ou “Professor/Artista”, o aluno vai percebendo sua composição, interpretando a ideia do autor da obra; ao mesmo tempo buscando em suas experiências um significado. Dessa forma o aluno estabelece relações, e entra no contexto sócio, político e cultural em que a obra foi produzida. Com relação ao contextualizar, BARBOSA (1998), ressalta: “Contextualizar é estabelecer relações. Neste sentido a contextualização no processo ensino-aprendizagem é uma porta aberta para a interdisciplinaridade” (p. 38).
Para melhor compreendermos a necessidade da interdisciplinaridade na educação brasileira, seguiremos o seguinte pensamento: o ser humano é motivado por interesses, ditando quais os conteúdos que terão prioridade visando o valor para educação.
A educação por sua vez, é desenvolvida por conjunturas envolvidas por circunstâncias econômicas, políticas, sociais, metodológicas e culturais, de maneira que qualquer mudança ocorrida no sistema brasileiro; seja ele no modo de produção e comercialização ou organização política e jurídica, influencia diretamente na educação e até mesmo na ciência. Assim, a educação busca novos horizontes, através de estudos, inserindo a questão cidadania como tema do currículo escolar.
Por outro lado, as sociedades acadêmicas pós-modernas em busca de novos conhecimentos, quebram as barreiras entre as ciências, em um cenário complexo; embora em inteira interação, trocando experiências. Neste contexto, os conhecimentos originados e obtidos na Biologia, nas Ciências Sociais e Humanas, Letras e Arte, na Matemática, apresentam-se presente e homogenia nas atividades cotidianas.
Neste contexto, o ensino de Arte no Brasil na contemporaneidade está diretamente relacionado ao desenvolvimento cognitivo e suas potencializações. A interdisciplinaridade só será possível se os educadores entenderem e conseqüentemente por em prática, todos os princípios ideológicos Freireano, uma vez que a estrutura brasileira tem como base os princípios tradicionais; embora com todo avanço conquistado no campo teórico.
Da mesma forma os educadores brasileiros têm que ser “perceptíveis”, buscando um conhecimento de forma coletiva, deixando o uso de pedagogias que não corresponde com as exigências do mundo pós-moderno; todavia, usando o velho conhecimento em benefício da conquista de novos. Concordando com, FAZENDA (2001), "Negar o velho, substituindo-o pelo novo, é um princípio oposto a uma atitude interdisciplinar na didática e na pesquisa em educação. [...] Negar o velho é uma atitude autoritária (p. 16)
A autora faz referência á direção que caminha o ensino. Ele se volta para um âmbito de percepção do aprendizado anterior, que propiciará o princípio do desenvolvimento cognitivo na atualidade; ou seja, o conhecimento de dá com a percepção consciente do que foi vivenciado, ou aprendido no contexto total do ser humano.
Sendo assim, característica clara na interdisciplinaridade é não podemos negar o que aprendemos anteriormente, (o velho ou antigo); afinal, o novo nada mais é que o velho ou antigo reformulado, ou adaptado para o mundo pós-moderno.
Estudos posteriores de BARBOSA (1998; 2002A; 2002B), RICHTER (2002; 2003) e EFLAND (2005), visando os caminhos que a arte seguiria, concluíram que o ensino de arte como conhecimento está baseado no interculturalismo, interdisciplinaridade e na aprendizagem dos conhecimentos artísticos; ou seja, a base do ensino/aprendizagem de arte, se dá a partir da inter-relação entre o fazer, o ler e o contextualizar arte. BARBOSA (2002B), em seu livro “Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte” explica:
[...] enquanto termos multicultural e pluricultural pressupõe a coexistência e mútuo entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, o termo intercultural significa a interação entre diferentes culturas" (p. 19).
Da mesma forma, tanto BARBOSA (2002B) quanto RICHTER (2002), ressalta que o termo adequado para designar a diversidade cultural no ensino de arte é a “interculturalidade”.
A realidade é que o Ensino das Artes Visuais chega a pós-modernidade, trabalhando e percebendo a importância do desenvolvimento cognitivo com suas potencializações, além de conceber a arte como construção social, histórica e cultural, reconhecendo como artísticos trabalhos feitos por meio das novas tecnologias.
O mesmo Educa fazendo uso dos “temas geradores” de Paulo Freire, que tem como base o conhecimento do indivíduo, e instrumentalizada pela Proposta Triangular, que viabiliza o Ensino por suas três ações básicas.
Faz-se necessário não perder o foco do objetivo do mesmo, que é tornar os seres humanos críticos por meio da construção do conhecimento, que está diretamente relacionado ao desenvolvimento cognitivo; ou seja, uma vez que o indivíduo assimila, ou vivencia uma experiência amplia seu conhecimento, e pode usar em sua vida cotidiana.
Neste sentido, é necessário a proximidade “Professor/Artista” e aluno, para que possamos juntos conhecer o “novo”, e a partir daí sermos mediatizados pelo conhecimento. De acordo com FREIRE (2002),
[...} para ser um ato de conhecimento,
o processo de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos,
uma relação de autêntico diálogo. Aquela em que os sujeitos do ato de conhecer
(educador - educando; educando - educador) se encontram mediatizados pelo
objeto a ser conhecido (p. 58).
O
mundo pós-moderno marcou o Ensino das Artes Visuais por concebê-la como área do
conhecimento, embora o desafio seja mais amplo. A estrutura do ensino de Artes
Visuais terá que se reorganizar, usar de toda percepção, além da inteligência,
da imaginação, da re-elaboração, e por fim, principalmente da capacidade
crítica; tendo em vista o amplo campo propiciado pelas novas tecnologias
associadas ás imagens.
·
O Ensino
das Artes Visuais, as novas tecnologias e a imagem.
Outro
marco da pós-modernidade é a velocidade da evolução tecnológica e o consumismo,
acompanhado pela propagação de imagens. Assim, nos espaços de circulação
midiática do meio digital, nas cidades, nas mídias impressas, televisão, vídeo
e cinema multiplica-se em uma profusão de transmissões imagéticas, com objetivo
de seduzir ou até mesmo induzir o público provido de pouco senso crítico.
Esse avanço propicia a mídia uma propagação instantânea e seqüente de imagens, criando um mundo atraente e significativo; para que nem dê tempo do receptor contextualizar a mesma. Chegamos á verdadeira época dos ditados: “é ver para crer!”; “uma imagem vale mais que mil palavras”; “só acredito vendo!”.
Uma imagem pode transmitir pensamentos, idéias ou eventos; onde as palavras sozinhas às vezes não podem fazer. Elas podem incitar á revolta, como as fotos das pilhas de cadáveres de vítimas do Holocausto, além de trazer-nos face a face com as piores desumanidades imagináveis e nos deixar pasmos.
Da mesma forma trazem lágrimas aos olhos, levanta nossos ânimos, ou nos deprime. FREEDMAN (2005) faz referência ás imagens, no que diz respeito á solidificação de determinados fatos e artefatos: “Imagens são uma força poderosa de representação. [...] Além da beleza, estética, uma imagem personifica um significado” (p. 126).
Conhecendo o poder exercido pela imagem, a Educação em Artes Visuais pós-moderna, se volta á valorização do conhecimento assimilado pelo indivíduo. Esse conhecimento por sua vez é adquerido por meios informais, em sua maioria por meio das imagens; ou seja, é inconsciente e o indivíduo não percebe. Segundo BARBOSA (1998),
Esse avanço propicia a mídia uma propagação instantânea e seqüente de imagens, criando um mundo atraente e significativo; para que nem dê tempo do receptor contextualizar a mesma. Chegamos á verdadeira época dos ditados: “é ver para crer!”; “uma imagem vale mais que mil palavras”; “só acredito vendo!”.
Uma imagem pode transmitir pensamentos, idéias ou eventos; onde as palavras sozinhas às vezes não podem fazer. Elas podem incitar á revolta, como as fotos das pilhas de cadáveres de vítimas do Holocausto, além de trazer-nos face a face com as piores desumanidades imagináveis e nos deixar pasmos.
Da mesma forma trazem lágrimas aos olhos, levanta nossos ânimos, ou nos deprime. FREEDMAN (2005) faz referência ás imagens, no que diz respeito á solidificação de determinados fatos e artefatos: “Imagens são uma força poderosa de representação. [...] Além da beleza, estética, uma imagem personifica um significado” (p. 126).
Conhecendo o poder exercido pela imagem, a Educação em Artes Visuais pós-moderna, se volta á valorização do conhecimento assimilado pelo indivíduo. Esse conhecimento por sua vez é adquerido por meios informais, em sua maioria por meio das imagens; ou seja, é inconsciente e o indivíduo não percebe. Segundo BARBOSA (1998),
[...] a maior parte de nossa aprendizagem informal se dá através
da imagem e parte desta aprendizagem informal é inconsciente. A imagem nos
domina porque não conhecemos a gramática visual nem exercitamos o pensamento
visual para descobrir sistemas de significação através das imagens (p. 138).
Todo
esse poder exercido pela imagem sobre as pessoas, só reforça a necessidade de
buscarmos meios de decifrar, ou tentar interpretar de forma crítica aquilo que
nos circunda diariamente, tentando nos seduzir com uma imagem que não
corresponde á face real do que é proposto.
O mundo pós-moderno está sendo seduzido pela imagem, um bom exemplo é a nova geração de jovens, vestem-se de acordo com marcas ou grife que se encontra em alta na mídia, ou desejam possuir o último MP, pois a mídia ressalta que é o melhor; da mesma forma um celular. Promovem a palavra “lançamento”. Essa palavra para eles é tentadora e irresistível!
Tudo isso propiciada pela sedução das imagens, contidas em nosso entorno. Sobre essas transformações sociais de consumo na contemporaneidade, MOMO (2008), relata:
O mundo pós-moderno está sendo seduzido pela imagem, um bom exemplo é a nova geração de jovens, vestem-se de acordo com marcas ou grife que se encontra em alta na mídia, ou desejam possuir o último MP, pois a mídia ressalta que é o melhor; da mesma forma um celular. Promovem a palavra “lançamento”. Essa palavra para eles é tentadora e irresistível!
Tudo isso propiciada pela sedução das imagens, contidas em nosso entorno. Sobre essas transformações sociais de consumo na contemporaneidade, MOMO (2008), relata:
Entre as configurações desse
surpreendente mundo contemporâneo, está o vertiginoso volume de informações, o
excesso de imagens que passam por nós (e pelas quais passamos: outdoors,
revista, televisão, internet etc.), a efemeridade de bens materiais e
culturais, a demasiada oferta de bens e serviços de consumo, a globalização de
mercadorias, de modo de vida e de costumes. [...] Em um mundo altamente
tecnológico, velocidade e fugacidade compõem um estado de constante
insatisfação e obsolescência: Sempre há algo de novo a que não temos acesso, e
parece que nunca atingimos a linha de chegada (p. 5).
O
livro “Catadores da Cultura Visual”, de Fernando Hernández (2007), provoca o
leitor a analisar que a cada confronto com as imagens cotidianas, é produzido
um novo olhar ou forma de ver o mundo, ver os outros e até a nós mesmos.
Dessa forma, sejamos perceptíveis e estejamos sempre de prontidão ao observar uma imagem, da mesma forma na escolha das mesmas, para exercícios de leitura e contextualização em sala de aula, já que esse exercício, de acordo com BARBOSA (1995),
Dessa forma, sejamos perceptíveis e estejamos sempre de prontidão ao observar uma imagem, da mesma forma na escolha das mesmas, para exercícios de leitura e contextualização em sala de aula, já que esse exercício, de acordo com BARBOSA (1995),
[...] prepararia os alunos para a
compreensão da gramática visual de qualquer imagem, artística ou não, na sala
de aula de artes, ou no cotidiano, e que torná-los conscientes da produção
humana de alta qualidade é uma forma de prepará-los para compreender e avaliar
todo tipo de imagens, conscientizando-os do que estão aprendendo com essas
imagens (p. 14).
Em
plena pós-modernidade, ainda existe grande número de professores, fazendo uso
de métodos ou técnicas ultrapassadas de ensino, que retarda ou não contribui
para o desenvolvimento cognitivo do aluno.
Estes professores observam todas essas mudanças no contexto cultural, inclusive, são também almejados pelas imagens midiáticas. O problema é que não sabem como trabalhar essas imagens em sala de aula. Nem na escolha, nem qualidade da imagem a ser trabalhada, e muito menos sobre as formas de leitura; o pior é não se manterem atualizados. Segundo BARBOSA (1998),
Estes professores observam todas essas mudanças no contexto cultural, inclusive, são também almejados pelas imagens midiáticas. O problema é que não sabem como trabalhar essas imagens em sala de aula. Nem na escolha, nem qualidade da imagem a ser trabalhada, e muito menos sobre as formas de leitura; o pior é não se manterem atualizados. Segundo BARBOSA (1998),
[...] os professores,
tradicionalmente, no Brasil, tem medo da imagem na sala de aula. Da televisão
às artes plásticas, a sedução da imagem os assusta, porque não foram preparados
para decodificá-las e usá-las em prol da aprendizagem reflexiva de seus alunos
(p. 138).
Concordando com BARBOSA, na
contemporaneidade faz-se necessário um “Professor/Artista”, principalmente se
tratando das novas tecnologias. Esse indivíduo precisa ser Amigo de seu aluno, para que possa conhecer melhor seu mundo e
valorizá-lo; Perceptivo em estar
sempre de prontidão, observando as mudanças ao seu entorno; Mediador, pois ele será a ponte entre o
seu conhecimento, o conhecimento do aluno e o objeto de estudo; Criativo, no sentido de como fazer uso
eficaz da “proposta triangular”; Crítico
em defesa do aluno na escolha de materiais a ser utilizado em sala de aula. Dinâmico, por viabilizar trabalhos por
projetos interdisciplinares, fazendo uso dos três eixos básicos da proposta
triangular; e por fim Atualizado,
que a própria palavra já diz.
Portanto, com estas características do “Professor/Artista”, o mesmo se beneficia se for um Amigo de seu aluno, pois é necessário; afinal seu conhecimento é primordial na eficiência do aprendizado, por meio do método de Paulo Freire. Perceptivo se ver o trabalho por projeto com a Proposta Triangular, como aprendizagem contínua. Mediador, se usar de seu conhecimento com coerência na orientação do aluno. Criativo, em questionar e problematizar as dificuldades dos mesmos, em busca de solução, pois isso desenvolve o senso crítico; além de orientar por projetos que contribuam para seu desenvolvimento cognitivo. Crítico no sentido da escolha de temas, contextos e materiais a serem trabalhados. Dinâmico em dar atenção e praticar uma mediação uniforme com seus alunos, satisfazendo-os. Atualizado, percebendo as mudanças e principalmente no Ensino contemporâneo das Artes Visuais, com suas influências tecnológicas.
Portanto, com estas características do “Professor/Artista”, o mesmo se beneficia se for um Amigo de seu aluno, pois é necessário; afinal seu conhecimento é primordial na eficiência do aprendizado, por meio do método de Paulo Freire. Perceptivo se ver o trabalho por projeto com a Proposta Triangular, como aprendizagem contínua. Mediador, se usar de seu conhecimento com coerência na orientação do aluno. Criativo, em questionar e problematizar as dificuldades dos mesmos, em busca de solução, pois isso desenvolve o senso crítico; além de orientar por projetos que contribuam para seu desenvolvimento cognitivo. Crítico no sentido da escolha de temas, contextos e materiais a serem trabalhados. Dinâmico em dar atenção e praticar uma mediação uniforme com seus alunos, satisfazendo-os. Atualizado, percebendo as mudanças e principalmente no Ensino contemporâneo das Artes Visuais, com suas influências tecnológicas.
Considerações finais:
A pós-modernidade está sendo marcado pelo acelerado desenvolvimento tecnológico, por um bombardeio profuso de imagens no cotidiano e conseqüentemente um consumismo elevado. Por outro lado, a Educação de Artes Visuais é concebida como área do conhecimento e “percebe” que tem que trazer o ensino para o lado cognitivo, reconhecendo a arte como uma construção social, histórica e cultural.
A educação se volta á experiência de vida dos indivíduos, por meio de sua valorização; ou seja, os princípios Freireanos. Ela está instrumentalizada pela Proposta Triangular, que viabiliza o ensino por três ações básicas: O Fazer Artístico, O Apreciar ou Leitura de Obras de Arte e o Contextualizar.
O outro lado da Educação é a velocidade da evolução tecnológica, acompanhado pela propagação de imagens e conseqüentemente um alto consumismo por sedução, ou indução para os desprovidos de pouco senso crítico. Neste sentido, a necessidade de meios para fomentar os professores a “perceberem” e se tornarem um “Professor/Artista”. Assim, poder propor trabalhos criativos e significantes por projetos, vinculados as novas tecnologias, fazendo uso dos princípios Freireano, e instrumentalizado pela Proposta Triangular com suas três ações básicas. Dessa forma o “Professor/Artista” obterá os devidos resultados cobrados pelo ensino pós-moderno, e assim também cumpre com os objetivos do Ensino das Artes Visuais, que é mediar o desenvolvimento cognitivo do aluno, visando torná-lo crítico, e que possa utilizar seus conhecimentos em sua vida cotidiana.
A pós-modernidade está sendo marcado pelo acelerado desenvolvimento tecnológico, por um bombardeio profuso de imagens no cotidiano e conseqüentemente um consumismo elevado. Por outro lado, a Educação de Artes Visuais é concebida como área do conhecimento e “percebe” que tem que trazer o ensino para o lado cognitivo, reconhecendo a arte como uma construção social, histórica e cultural.
A educação se volta á experiência de vida dos indivíduos, por meio de sua valorização; ou seja, os princípios Freireanos. Ela está instrumentalizada pela Proposta Triangular, que viabiliza o ensino por três ações básicas: O Fazer Artístico, O Apreciar ou Leitura de Obras de Arte e o Contextualizar.
O outro lado da Educação é a velocidade da evolução tecnológica, acompanhado pela propagação de imagens e conseqüentemente um alto consumismo por sedução, ou indução para os desprovidos de pouco senso crítico. Neste sentido, a necessidade de meios para fomentar os professores a “perceberem” e se tornarem um “Professor/Artista”. Assim, poder propor trabalhos criativos e significantes por projetos, vinculados as novas tecnologias, fazendo uso dos princípios Freireano, e instrumentalizado pela Proposta Triangular com suas três ações básicas. Dessa forma o “Professor/Artista” obterá os devidos resultados cobrados pelo ensino pós-moderno, e assim também cumpre com os objetivos do Ensino das Artes Visuais, que é mediar o desenvolvimento cognitivo do aluno, visando torná-lo crítico, e que possa utilizar seus conhecimentos em sua vida cotidiana.
1 – “Professor/Artista”
no sentido de amigo, perceptivo, mediador, criativo, crítico, dinâmico e
atualizado. O autor GIROUX (1999, p. 194), faz referência a esse termo: “como
uma forma de política cultural, a pedagogia crítica sugere inventar uma nova linguagem
para re-situar as relações entre professor e aluno dentro de práticas
pedagógicas que abrem, em vez de fechar, as fronteiras do conhecimento e da
aprendizagem.” Ele ainda afirma: “... O isolamento histórico das pessoas que
trabalham nas escolas dos outros trabalhadores culturais precisa ser superado.”
(GIROUX, 1999:187)
BARBOSA,
Ana Mae. Arte educação contemporânea: consonâncias internacionais. 2.
Ed. São Paulo: Cortez, 2008.
________
A imagem no Ensino da Arte. São
Paulo: Perspectiva, 1991.
________
Educação e desenvolvimento cultural e
artístico. Educação e Realidade,
Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 9-17, jul./ dez. 1995.
_______
Tópicos Utópicos. Belo Horizonte:
C/Arte, 1998.
________
A imagem no ensino da arte. São
Paulo: Perspectiva, 2002A.
________Inquietações e mudanças no ensino da arte.
São Paulo: Cortez, 2002B.
EFLAND,
A. D. Cultura, Sociedade. Arte e
Educação num Mundo Pós-Moderno. In: GUINSBURG, J. ; BARBOSA A. M. O pós-modernismo. São Paulo: Perspectiva,
2005.
FREEDMAN,
Kerry. Currículo dentro e fora da
escola: representações da arte na cultura visual. In: BARBOSA, Ana Mae. Arte/Educação contemporânea: consonâncias
internacionais. São Paulo: Cortez, 2005.
FREIRE,
Paulo. Ação cultural para liberdade e outros
escritos. 10ª edição. São Paulo. Paz e Terra. 2002
FAZENDA,
Ivani. Interdisciplinaridade: um
projeto em parceria. 5ª ed. SãoPaulo: Loyola, 2001.
GIROUX,
Henry. A. Cruzando as Fronteiras do
Discurso Educacional. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 1999.
HERNÁNDEZ,
Fernando. Catadores da Cultura Visual:
proposta para uma nova narrativa educacional. Porto Alegre: Mediação, 2007.
MOMO,
Mariângela. Condições culturais
contemporâneas na produção de uma infância: o pós-moderno que vai à escola.
In ANPED, 30. 2008, Caxambu. Anais... Caxambu, 2008. Disponível em <HTTP://www.anped.org.br/reunioes/31ra/trabalhos>
Acesso em 26 out. 2011.
RICHTER,
I. M. Interculturalidade e estética do
cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas: Mercado de Letras, 2003.
_______
Multiculturalidade e
interdisciplinaridade. In: BARBOSA. A. M. (Org.) Inquietações e mudanças no ensino de arte. São Paulo: Cortez, 2002.
Hamilton Freire Coelho é Mestre em Ensino de Artes Visuais – UFPB/UFPE, Pós-Graduado em Artes Visuais: Cultura e Criação pelo EAD/SENAC/PB, é Graduado em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas pela UFPB, é Artista Plástico e Designer Gráfico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário